22 de mai. de 2015

Assinado Acordo entre Observatório Nacional e Observatório Astronômico de Xangai

Acordo entre Observatório Nacional e Observatório Astronômico de Xangai é assinado durante visita do Primeiro-Ministro da China ao Brasil


(Target) O Acordo de Colaboração Científica entre o Observatório Nacional (ON) e o Observatório Astronômico de Xangai (SHAO) foi assinado durante a visita oficial do Primeiro-Ministro da República Popular da China, Li Keqiang, ao Brasil, na última terça-feira, dia 19 de maio, no Palácio do Planalto, em Brasília. O acordo, firmado entre o diretor do ON, João dos Anjos, e o diretor do SHAO, Hong Xiao-Yu, começa a vigorar entre 2016 e 2020, e dá continuidade à colaboração iniciada em 2011.

A cooperação envolve a execução de projetos nas áreas de satélites de navegação e de detritos espaciais em órbita ao redor da Terra, temas de enorme valor científico, civil e de defesa nacional. No âmbito deste acordo, foi instalada no campus do ON, em 2014, a primeira Estação Brasileira para Monitoramento do Sistema Chinês de Posicionamento Global por Satélites BEIDOU, cujos dados podem ser registrados e transferidos para a China automaticamente. Para 2015, está prevista a instalação de um telescópio ótico, com grande campo de visão, no Observatório Magnético de Vassouras, unidade do Observatório Nacional localizada no sul fluminense.

O diretor do ON, João dos Anjos, ressalta a importância deste acordo: "a China é hoje o maior parceiro comercial do Brasil, mas a parceria científica ainda é pequena e tem um enorme potencial de crescimento. O convênio assinado com a China reforça o interesse dos dois países em aumentar sua colaboração científica. O acordo com o Observatório de Xangai faz parte da estratégia da atual gestão do ON de aumentar as parcerias internacionais inserindo o Observatório Nacional em projetos de grande impacto científico e tecnológico".

"O Brasil oferece uma possibilidade única para o trabalho conjunto com a China devido às suas posições antípodas e equatoriais, permitindo aos dois países cobrir o céu inteiro, monitorando os satélites de navegação e o lixo espacial que oferece perigo a estes satélites. Além do mais, a colaboração China-Brasil se dá num igual nível científico-tecnológico, permitindo vantagens reais e rápidas para os dois países", explica o pesquisador Alexandre Andrei, coordenador da parte brasileira do projeto, juntamente com a pesquisadora Selma Junqueira, ambos do ON.

Na solenidade realizada no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Roussef e o Primeiro-Ministro da República Popular da China, Li Keqiang, firmaram o Plano de Ação Conjunta entre os dois países no período de 2015 a 2021 e assinaram um total de 35 acordos nas áreas de planejamento estratégico, infraestrutura, transporte, agricultura, energia, mineração, ciência e tecnologia e comércio.

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