O avanço da ciência colaborativa reaproxima as pesquisas acadêmicas da realidade — e o resultado é que cidadãos comuns constroem cada vez mais conhecimento científico relevante
(Galileu) As formigas estão entre os animais com organização social mais complexa da natureza. Em suas colônias, cada inseto tem uma função específica, desempenhada incessantemente.
A ciência colaborativa também funciona mais ou menos assim. Como as formigas operárias, que se dedicam apenas a levar a comida que encontram de volta ao formigueiro, um grupo cada vez maior de pessoas sem bagagem científica tem se mobilizado voluntariamente para colaborar com um tipo específico de trabalho — mas em vez de folhas ou alimentos, elas coletam e interpretam dados que servem como base para pesquisas nas mais diversas áreas.
Até então, esse ofício esteve em grande parte concentrado nas mãos de poucos cientistas e acadêmicos, que às vezes se fechavam em seus próprios círculos, perdidos em discussões vazias e distantes da realidade prática. É o que se chama de viver na torre de marfim. Mas, aos poucos, os chamados cientistas cidadãos estão assumindo seu lugar no processo de construção do conhecimento científico e trazendo a ciência para mais perto do dia a dia de todos nós.
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