(Jornal do Dia) Macapá, por ser uma cidade rica em lendas e histórias dos antepassados, que preza pelas raízes artísticas e culturais, não deixará esse dia passar em branco.
Ontem, 19, foi o primeiro dia de comemoração realizada pelo Museu Sacaca em homenagem a Semana do Folclore, que se estende até o dia 23. Será uma semana recheada de atividades importantes como exposições, palestras, sessão de cinema, ações educativas, oficinas de pintura, “contação” de histórias e as incríveis amostras no planetário móvel Maywaka.
O principal objetivo do evento é instigar nos participantes o interesse pelas narrações nativas, resgatando a cultura que está diretamente ligada ao folclore; além de incentivar a valorização da leitura de histórias e lendas que tanto marcaram a infância e adolescência de muitas gerações.
Dia 22 de agosto é uma data verdadeiramente simbólica para a cultura brasileira. Desde a oficialização, em 1965, o folclore passou a ser comemorado nessa data. É imprescindível, desde criança, conhecer a riqueza folclórica do país. As lendas inspiram a criatividade e a imaginação das pessoas.
A região norte, por exemplo, é rica em histórias para contar. A maioria de suas lendas está associada, historicamente, com a natureza, os povos que colonizaram nossas terras, os índios, entre outros. Entre elas nós temos a lenda do Mapinguari, do Curupira, Matinta Perera, Boto, da Iara e Vitória-Régia. Os contos passam de uma geração para outra com o intuito de valorizar a cultura popular.
Programação
A abertura da programação aconteceu na quarta-feira, 19, e contou com a contação de histórias, das 9h às 11h, a “Lenda Joana de Alcantâra”. E à tarde, das 15h às 17h, com a “Lenda do homem que virava cavalo”.
A programação segue na quinta-feira, 20, com contação de histórias nos mesmos horários, nos turnos da manhã e tarde, e também com sessões de cinema.
Na sexta-feira, 21, haverá oficinas de pintura das 9h às 11h e amostras no planetário.
Já no sábado, 22, e domingo 23, o Museu abrigará o corredor folclórico, com ações educativas, palestras, exposições e interação com os visitantes.
Lenda da Vitória-Régia
Diz a lenda que a Lua era um deus que namorava as mais lindas jovens índias e, sempre que se escondia, escolhia e levava algumas moças consigo. Em uma aldeia indígena havia uma linda jovem, a guerreira Naiá, que sonhava com a Lua e mal podia esperar o dia em que o deus iria chamá-la.
Os índios mais experientes alertavam Naiá dizendo que quando a Lua levava uma moça, essa jovem deixava a forma humana e virava uma estrela no céu.
No entanto, a jovem não se importava, já que era apaixonada pela Lua.
Essa paixão virou obsessão no momento em que Naiá não queria mais comer e nem beber nada, só admirar a Lua.
Numa noite em que o luar estava muito bonito, a moça chegou à beira de um lago, viu a Lua refletida no meio das águas e acreditou que o deus havia descido do céu para se banhar ali. Assim, a moça se atirou no lago em direção à imagem da Lua; quando percebeu que aquilo fora uma ilusão, tentou voltar, porém não conseguiu e morreu afogada.
Comovido pela situação, o deus Lua resolveu transformar a jovem em uma estrela diferente de todas as outras: uma estrela das águas – Vitória-Régia.
Por esse motivo, as flores perfumadas e brancas dessa planta só abrem no período da noite.
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