28 de set. de 2015

Inpe investiga cratera gigante aberta por um asteroide em Ubatuba há 6 milhões de anos

Com 300 metros de profundidade, cratera de formato quadrado está incrustada no meio do Parque Estadual da Serra do Mar

(O Vale) Uma imensa cratera em formato de quadrado, incrustada no Parque Estadual da Serra do Mar, em Ubatuba, é alvo de pesquisadores do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), de São José. Eles acreditam ser a formação fruto do impacto de um corpo celeste. No caso, um asteroide.

Com cerca de 1,5 quilômetro em cada lado e 300 metros de profundidade, a cratera pode ter sido criada há 6 milhões de anos, data do último soerguimento da Serra do Mar, segundo o Inpe.

Porém, o que intriga os pesquisadores é que sedimentos encontrados no fundo do imenso buraco são mais “jovens”: só 150 mil anos de idade.

“Vamos contratar uma lancha para realizar uma missão na cratera e coletar mais amostras”, disse Paulo Roberto Martini, geólogo e pesquisador do Inpe, também colunista de O VALE.

A cratera fica em Ubatu-mirim, perto da BR-101 (Rodovia Governador Mário Covas) e do leito do rio Puruba.

Segundo Martini, outros pesquisadores mapearam a área da formação e não conseguiram identificar uma origem tectônica, o que aumenta a chance de se comprovar o impacto de um asteroide.

“A observação a partir do espaço nos revela a estupenda estrutura com paredes abruptas de forma mais quadrada do que redonda”, apontou ele em artigo para O VALE.

Planeta. Além da missão no local, que ainda não tem prazo para ocorrer, o trabalho se concentra em investigar outras regiões do planeta com impactos recentes, em razão da magnitude da cratera.

“Quando um corpo celeste é suficientemente grande para abrir uma cratera, pode criar cicatrizes de impacto em outras regiões do mundo”, disse.

Uma das hipóteses apontadas pelo geólogo do Inpe é que uma região no Canadá também poderia ter sido afetada por resíduos do mesmo corpo celeste que atingiu a serra em Ubatu-mirim.

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