26 de fev. de 2016

A mulher das estrelas


(Correio Popular) Volte um monte de casas e fique várias rodadas parado no jogo da vida você que pensa que ser cientista é “coisa de homem”. A história provou, ao longo dos séculos, que essa é uma visão equivocada. Mas, apesar dos fartos exemplos de mulheres que mudaram os rumos da humanidade com suas descobertas e valiosas contribuições em variados campos da ciência, persistem o preconceito e a falta de incentivo à presença feminina nesse reduto. Há, porém, um nome de peso nessa cruzada, e não apenas pela igualdade de oportunidades entre os gêneros, mas pela popularização do conhecimento científico entre crianças e jovens. A astrofísica Duília Mello, especialista no telescópio espacial Hubble, uma das áreas mais badaladas da Nasa (a agência aeroespacial norte-americana), é uma brasileira empenhada em desfazer mitos e estimular os compatriotas a trilharem seus próprios caminhos; quem sabe, até o céu.

Essa paulista de 52 anos nascida em Jundiaí, escolhida em 2013 pela Columbia University como uma das dez mulheres que mudam o Brasil e em 2014 como uma das cem pessoas mais influentes do País em eleição da revista Época, entre outras premiações, é Ph.D pelo Space Telescope Science Institute, na Johns Hopkins University, em Maryland, nos Estados Unidos, e pesquisadora associada do Nasa Goddard Space Flight Center, no mesmo estado, há 12 anos. Trabalhando diretamente com o Hubble, o mais importante de todos os telescópios já desenvolvidos, posto em órbita em 1990, ela tem no currículo recente a participação na descoberta de “berçários” de jovens estrelas surgidas da colisão de galáxias e da maior galáxia espiral do universo – a NGC 6872, que tem 522 mil anos-luz de diâmetro, cinco vezes o tamanho da Via Láctea.

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