10 de mar. de 2016
Visita às estrelas da Ciência Viva de Faro começa no espaço e só acaba na Ria Formosa
(Sul Informação - Portugal) Às vezes, não é preciso mais do que imaginação e uma equipa determinada para dar nova vida a um espaço. A renovação que o Centro de Ciência Viva (CCV) do Algarve, em Faro, operou, é um bom exemplo disso.
O primeiro centro deste género a ser criado no país, há mais de 15 anos, renovou-se e está a proporcionar uma nova experiência de visitação a quem lá vai.
O desafio que é lançado aos visitantes é que embarquem numa viagem que os levará das estrelas até…às estrelas. E se o nome parece indicar uma jornada que acaba onde começou, isso está longe de ser verdade.
«A aposta foi tentar mudar e dar nova perspetiva ao CCV. Agora, partimos do espaço, das constelações e do nosso sistema solar, e chegamos à Ria Formosa, um das pérolas da região, que abordamos não só do ponto de vista de educação ambiental, mas também do sentir e do cheirar», revelou ao Sul Informação a diretora do CCV do Algarve Cristina Veiga-Pires. Entre os tesouros da Ria, estão as outras estrelas, as do mar.
A experiência oferece um misto de astronomia, geologia e biologia, onde não faltam exemplos práticos e, até, a possibilidade de meter “as mãos na massa”.
Para fazer a renovação, a equipa do CCV do Algarve aproveitou muitos dos elementos que já existiam no centro, dando-lhes nova vida e ordenando-os de forma distinta, para criar uma maior coerência na visitação. Também foram introduzidas algumas novidades e mais irão surgir.
Dentro em breve, o CCV do Algarve vai ter novos “inquilinos”, um grupo de cavalos marinhos que será cedido por um grupo de investigação da Universidade do Algarve. A festa de boas-vindas aos novos habitantes do centro está agendada para a Semana da Ria Formosa, que irá decorrer de 4 a 8 de Abril.
«É de realçar que estes são cavalos marinhos que nasceram já num aquário. Não vamos retirar cavalos marinhos da Ria Formosa. Penso que será um chamariz para muitas pessoas, pois são animais muito diferentes», disse Cristina Veiga-Pires.
Os cavalos marinhos são facilmente identificáveis «pelo números de pintinhas que têm no corpo». Isso levará a que seja lançado, oportunamente, «um concurso de ideias para lhes dar nomes».
Outra grande novidade foi a criação de um laboratório, também ele oferecido pela Universidade do Algarve, onde se pode experimentar o trabalho de um cientista.«O laboratório permite-nos fazer atividades com crianças um pouco mais velhas e com jovens. Muitos associam o CCV às crianças dos 4 aos 12 anos. Nós estamos a tentar fazer atividades para jovens dos 12 aos 16», ilustrou.
O renovado centro também dá uma especial atenção ao edifício que o acolhe e à sua história. O local onde hoje funciona o CCV do Algarve era, originalmente, uma Central Eléctrica e serviu como base aos Bombeiros Municipais, passado que é recordado na exposição permanente do centro.
O Centro de Ciência Viva farense também está a tentar abrir-se, cada vez mais, à comunidade. Além de um espaço destinado a festas infantis, é agora dada a possibilidade a instituições de usar as instalações do centro para os eventos que promovem. «Já se fizeram aqui os Portos de Honra de diversos congressos. Temos este contacto privilegiado com a Ria Formosa, o que faz do centro um bom local para se realizarem receções e festas», ilustrou.
Ou seja, é um espaço aberto a todos, sejam as mentes mais novas, sejam as mais experientes.
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