29 de mai. de 2016

Astrônomo, fotógrafo... incansável


(Tododia) O gosto pela música foi herdado dos pais, que eram cantores. A vontade de trabalhar com astronomia veio da curiosidade, desde a infância. A fotografia, hábito herdado do pai, ele usa para retratar as pessoas no cotidiano de Monte Mor. Já os trabalhos voluntários com adolescentes vieram da necessidade de continuar a passar conhecimento para os demais.

Essas são as áreas com as quais o músico, fotógrafo e técnico em astronomia Walter José Maluf se envolveu ao longo de seus 71 anos de idade. Hoje aposentado, ele desenvolve um trabalho contínuo para reforçar o ensino da astronomia para os estudantes do Colégio Monte Mor, que participam anualmente da OBA (Olimpíada Brasileira de Astronomia), no Rio de Janeiro.

Antes de se envolver com astronomia, porém, Maluf se formou em música pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) São Paulo. Trabalhou como professor na Escola de Música de Brasília, no Conservatório Musical de Uberlândia e, de 1986 a 1993, fez parte da Orquestra Sinfônica de Campinas, onde tocava violoncelo.

"A música está na minha família há muito tempo. Meus pais eram cantores e me influenciaram a estudar música na PUC", explicou. O gosto por música é tão forte que até mesmo conseguiu encaixá-lo em outro hobby: a filatelia (quem coleciona selos postais). "Faço parte do Centro Temático de Filateia e tenho uma coleção sobre música, que está exposta na sede dos Correios da Glicério (em Campinas). São selos com o tema musical, tanto nacionais quanto estrangeiros", comentou Maluf. Em 1994, o então músico começou a trabalhar como astrônomo no Observatório Capricórnio, em Campinas. Maluf tinha feito um curso técnico na área e, quando surgiu a vaga na unidade, foi selecionado.

"O interesse pela astronomia vem desde o ginásio. Eu recortava as notícias sobre isso do jornal, acompanhava o noticiário sobre isso. Consegui ingressar no observatório e também fiz cursos a distância. Foi tudo movido pela vontade mesmo", contou.

Maluf trabalhou no observatório até 2013, quando se aposentou.

Seu principal trabalho na área foi sobre a física solar. Para continuar desenvolvendo o trabalho, montou um observatório em sua casa, em Monte Mor.

FOTOS
No seu tempo livre, Maluf gosta de andar por Monte Mor, cidade onde nasceu e cresceu, e fotografar as pessoas da cidade. Esse hábito veio do pai, José Maluf, que no ano passado foi homenageado e teve suas fotos expostas na cidade.

"Eu saio fotografar as coisas da cidade. Prédios, pessoas, o dia a dia. Vou andando, com a maquininha sempre no pescoço, e fotografo. (...) Sou um cronista de imagens", disse Maluf.

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