16 de out. de 2016

Antropoceno no espaço

(Jornal da Ciência) Antropoceno, nome dado à nova era geológica do Planeta Terra, pode entrar em breve na Escala de Tempo Geológico oficial. Suas mudanças mais cruciais ocorrem por obra de seus habitantes, os seres humanos. É isso o que a caracteriza. Em grego, “antropo” significa homem e o sufixo “-ceno” exprime a ideia de novo. O problema, neste artigo, é saber até que ponto nós, os terráqueos, levaremos o antropoceno para o espaço exterior – o que já pode estar acontecendo.

“O fim do século XX e início do século XXI são palco de transformação sem precedente na história: inaugurou-se o Antropoceno, nova época geológica e humana em que o meio ambiente deixa de ser estável, mero pano de fundo dos dramas humanos, para tornar-se instável, questão central nas preocupações humanas, especialmente em relação à sobrevivência no longo prazo. Mitigar a instabilidade ambiental é bem comum global; requer concertação internacional com cessão parcial da soberania dos Estados em prol de uma governança global mais efetiva”, frisam Eduardo Viola e Larissa Basso, professores da Universidade de Brasília (UnB), no artigo O Sistema Internacional do Antropoceno. Cabe destacar: a busca é de uma governança global mais efetiva.

A Terra existe há 4,55 bilhões de anos. Finda sua era glacial, começa há 11,5 mil anos o Holoceno, etapa que propicia as condições climáticas necessárias ao desenvolvimento do ser humano. A humanidade não só nasce como expande as atividades agrícolas, a domesticação de animais e a construção de cidades. As migrações se multiplicam pelo Planeta. O número de habitantes passa de cinco milhões (menor que o da cidade do Rio de Janeiro) para os sete bilhões atuais – um aumento de 1400 vezes.

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