17 de abr. de 2018

Núcleo de Estudos Açorianos revitaliza Relógio de Sol da UFSC


(UFSC) O Monumento Açores-Brasil, mais conhecido como Relógio de Sol da UFSC foi construído no ano de 2004 para celebrar os 256 anos da presença açoriana em Santa Catarina. Agora em 2018, é celebrado os 270 anos da presença açoriana em nosso estado.

Como parte da celebração da chegada dos emigrantes açorianos para povoar o Sul do Brasil (1748 a 1756), o Núcleo de Estudos Açorianos da UFSC (NEA) juntamente com a Secretária de Cultura e Arte da UFSC (SeCArte) estão promovendo uma série de ações. Este mês foi realizada as obras de revitalização no Relógio que incluem a retirada da vegetação que estava crescendo na base do relógio, limpeza, reconstrução de partes danificadas e uma completa pintura no monumento.

Ainda neste mês abril, o NEA recepcionará o presidente da Região autônoma dos Açores, Vasco Cordeiro Alves, que estará em visita oficial a UFSC nesta quinta-feira, dia 19 de abril.

O Monumento Açores-Brasil
Erguida sobre uma rosa dos ventos, o Monumento Açores-Brasil mede a hora do dia, das 6h às 17h, conforme o ângulo da incidência dos raios solares. A sombra, que funciona como ponteiro, é projetada por uma haste, denominada gnômon.

O monumento foi construído numa fôrma de silicone e metal chamada de “negativo”, enquanto as rodas foram feitas em argila, tudo posteriormente coberto com concreto. Com tamanho aproximado de 2,20m, a obra foi custeada totalmente pelo governo dos Açores, num gasto aproximado de 50 mil reais.

As formas presentes no relógio de sol também são inspiradas em heranças culturais associadas à figura do açoriano. O círculo com dentes quadrados simboliza a roda bolandeira, peça essencial da moagem de tração animal nos antigos engenhos do litoral catarinense – a figura também está presente no brasão de armas da UFSC.

O projeto do Monumento Açores-Brasil foi idealizado por Eduardo de Souza, na época aluno de Geologia da UFSC, que levou ao designer e arquiteto Vicenzo Berti o Trabalho de Conclusão de Curso: um monumento em homenagem aos açorianos. O projeto inicial media pelo menos 4,5 metros de altura. Um grande bloco de concreto, apontado num ângulo de 27° ao Equador Celeste. Assim era o conceito de um relógio de sol a ser construído na UFSC e no Arquipélago dos Açores (ilhas Terceira, Pico, São Jorge, Faial e Gracios). No entanto o relógio no Arquipélago não foi construído devido aos seus custos elevados.

Em 1748, os primeiros imigrantes do Arquipélago dos Açores chegaram à Ilha de Santa Catarina, incorporando seus hábitos, atividades e costumes. Dados do Núcleo de Estudos Açorianos apontam que até 1756, cerca de 4.500 açorianos chegaram ao país, espalhando-se pelo litoral de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A Assembleia Legislativa de Santa Catarina instituiu que 2018 será o “Ano da Cultura Açoriana” no Estado Catarinense. Diversas prefeituras de cidades litorâneas de Santa Catarina decretaram, em seus municípios, por meio das Câmaras Municipais, que 2018 é o “Ano da Cultura Açoriana”.

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