A ideia básica, segundo Sandra Padula, pesquisadora do IFT e co-organizadora do evento, é fazer com que os estudantes trabalhem tanto quanto possível como verdadeiros cientistas. "Eles vivenciam a organização internacional da pesquisa moderna e, ao mesmo tempo, aprendem sobre o mundo das partículas subatômicas", explica.
Promovido pelo SPRACE (São Paulo Research and Analysis Center), o evento é dividido em duas partes: na sexta-feira, dia 23, os professores assistirão a palestras introdutórias na área da Física de Partículas e farão exercícios usando dados do LHC, sigla em inglês para Grande Colisor de Hádrons, acelerador de partículas construído a 175 metros de profundidade na fronteira franco-suíço, próximo a Genebra.
No sábado, dia 24, será a vez de os estudantes fazerem os exercícios e participarem de uma videoconferência com países como Estados Unidos, Porto Rico e Nova Zelândia, com coordenação do CERN, sigla em inglês para Centro Europeu de Pesquisas Nucleares. "Por meio da videoconferência, irão comparar e discutir seus resultados com estudantes de outros países, repetindo a forma com que os físicos de partículas trabalham nas colaborações internacionais", diz Sandra.
Formação aprimorada
Iniciado em 2008, com a adesão de apenas duas escolas, já em 2011 o Masterclass reuniu cerca de 100 participantes, inclusive com professores e alunos de São Carlos e Guaratinguetá. "A intenção é tornar o evento cada vez mais abrangente e expandi-lo para todo o Estado", admite o pesquisador da Universidade Federal do ABC e representante do SPRACE Pedro Mercadante, que também colaborou na coordenação do evento.
Entusiasta do programa desde o início, Valéria Dias, professora de Física e Química da Faculdade de Engenharia da Unesp, campus de Guaratinguetá, garantiu participação este ano com 16 professores e 11 alunos do ensino médio. "Consegui reunir licenciandos em Física dos campus da Unesp em Rio Claro, Presidente Prudente, Ilha Solteira e Bauru, além de Guaratinguetá", ela enumera. Trabalhando há mais de 10 anos com formação de professores, ela considera de máxima importância o aprimoramento na formação inicial e na continuada. "Sem aportes como esse, os professores do ensino médio vão passar a vida falando de prótons e elétrons, ignorando os fantásticos avanços da Física".
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