17 de abr. de 2014

Grande Colisor de Hádrons confirma existência de hádrons exóticos

O LHC, no Cern, detectou partículas que não podem ser classificadas pelo modelo tradicional de quarks


(Galileu) O LHCb (experimento realizado no Grande Colisor de Hádrons) confirmou a existência de hádrons exóticos - um estado da matéria que não pode ser classificado dentro do modelo tradicional de quarks.

Uma explicação rápida: os hádrons são partículas subatômicas que participam de algo que os físicos chamam de “Força Forte”. A redundância serve para caracterizar a força que prende os prótons dentro do núcleo de átomos. E, desde 1960, acredita-se que os hádrons são feitos de quarks e anti-quarks, que determinam suas propriedades. Um tipo de hádrons, os mésons, são feitos de pares de quarks e anti-quarks, por exemplo, enquanto bárions são feitos de três quarks.

Mas desde que essas construções foram propostas, suspeita-se que existam partículas que não se encaixem nessas definições. Agora, o LHC comprovou a existência de uma dessas partículas exóticas, a Z(4430).

As primeiras evidências da Z(4430) surgiram em 2008, quando cientistas encontraram um grande pico na distribuição de massas que surgem do enfraquecimento de mésons. Depois a certeza da descoberta foi caracterizada como 5.2 sigma (medida que os físicos usam para contar a probabilidade de que suas descobertas estão corretas).

Desde então, foram analisados mais de 25 mil enfraquecimentos de mésons B e mais de 180 trilhões de colisões que comprovaram a existência da Z(4430) com uma certeza de 13.9 sigma, provando que é uma partícula real e não um erro de análise de dados.

Isso significa que, provavelmente, o modelo de quarks precisará criar uma nova classificação para a Z(4430). Será considerada um tetraquark, um novo tipo de hádron feito de quatro quarks? Ou um tipo de fusão entre dois mésons? Ainda não se sabe: a certeza é que se trata de um novo objeto, inexistente na natureza.
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