Nova técnica pode ser fonte de energia limpa e com combustível barato
(R7) Cientistas acreditam terem obtido um avanço significativo na busca por um método alternativo de se chegar a uma fusão nuclear. A técnica é considerada como fonte de energia porque o combustível, que seria o hidrogênio, existe em abundância e é barato. Além disso, não geraria poluição e nem lixo nuclear.
Os pesquisadores do Sandia National Laboratories, em Albuquerque, Novo México, nos Estados Unidos, usaram uma máquina chamada "Z", que é capaz de gerar pulsos elétricos e produzir correntes de dezenas de milhões de amperes.
Com o experimento, os cientistas puderam detectar um número significativo de neutrons – um dos produtos de uma fusão – no experimento. Isso demonstraria a viabilidade do método como uma forma alternativa de se obter uma fusão nuclear.
Ao contrário do que acontece nas atuais estações de energia nuclar, em que a energia é obtida por meio da separação de núcleos atômicos pesados, a fusão é uma reação nuclear que libera energia por meio da junção de núcleos leves.
A abundância de hidrogênio e seus baixos preços são um dos motivos que fazem o novo método ser um marco. Além disso, a reação não gera poluentes e nem o lixo nuclear, um dos maiores problemas na produção de energia nuclear atualmente.
A técnica, entretanto, terá dificuldades. Para que as reações aconteçam, o núcleo do hidrogênio deve colidir a velocidades maiores que 1.000 km/s e isso requer uma temperatura maior que 50 milhões de graus Celsius. A essas temperatura, o gás se torna plasma (núcleos e elétrons se batendo separadamente) e, se encostar em seu recipiente, pode derretê-lo imediatamente.
Há mais de 60 anos os cientistas procuram uma maneira de conter o plasma superquente e bater nele até que ele entre em fusão.
Novo método
A técnica desenvolvida pelos cientistas consiste em triturar o combustível com um pulso rápido, mas não tão rápido e com densidade moderada. A abordagem envolve colocar um pouco de combustível de fusão dentro de uma lata de metal pequena. Os pesquisadores então usam a máquina Z para passar um pulso elétrico e produzir uma corrente de 19 milhões de amperes que dura apenas 100 nanossegundos. Isso cria um poderoso campo magnético que esmaga a lata para dentro a uma velocidade de 70 km/s.
Enquanto isso acontece, os cientistas preaquecem o combustível com um curto impulso de laser e aplicam um campo magnético constante que atua como restrição para manter o combustível de fusão no lugar.
Os pesquisadores relataram à revista Physical Review Letters que aqueceram o plasma a cerca de 35 milhões de graus Celsius e detectaram cerca de 2 trilhões de nêutrons. O cientista sênios Mike Campbell disse que o prgresso é bom, masé apenas o começo.
— Precisamos ter mais energia para o gás e aumentar o campo magnético inicial e ver se ele pode ser expandido na direção certa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente