30 de out. de 2014

Coleção de Maurício de Nassau inspira antropólogos


(Exame) O conde alemão João Maurício de Nassau-Siegen aportou no Recife em 1637, designado governador-geral do Brasil holandês. Durante os oito anos em que aqui esteve, Nassau colecionou espécies tropicais, anotações sobre a flora e a fauna, desenhos, aquarelas, pinturas a óleo – boa parte delas assinadas por Albert Eckhout e Frans Post –, além de artefatos indígenas, objetos e ornamentos de nações africanas.

Quando voltou aos Países Baixos, em 1644, levou consigo esse “gabinete de curiosidades”, designação dada às coleções dos séculos 16 e 17. O acervo chegou a ser exibido em Haia e em Cleve, entre 1644 e 1652, antes de o próprio Nassau fragmentá-lo na forma de presentes à alta nobreza do norte da Europa, transformando-o num “capital simbólico” que lhe permitiu recuperar o prestígio político e social desgastado na Colônia. O que restou da coleção se dispersou com a sua morte.

No livro De Olinda a Holanda, lançado no dia 21 de outubro pela Editora da Unicamp com apoio da FAPESP, a antropóloga Mariana de Campos Françozo reconstitui a trajetória de parte da coleção de Nassau.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente