28 de out. de 2015

Universidades dos EUA instigam alunos a achar formas de sobreviver em Marte


(UOL) O físico Michael Allen, da Universidade do Estado de Washington e a cientista Helen Joyner, da Universidade de Idaho, se uniram para desafiar estudantes a sobreviver plantando sua própria comida em Marte, assim como o astronauta Mark Watney, personagem de Matt Damon no filme "Perdido em Marte".

A tarefa dada aos alunos é parecida com a do personagem, que precisa fazer plantas crescerem em um ambiente artificial após ter se perdido de sua equipe durante uma tempestade de vento em Marte. O filme tem sido elogiado por seu rigor científico - com exceção da intensidade da tempestade.

O exercício foi publicado online no site do Centro Nacional de Estudo de Caso de Ensino de Ciência, dos Estados Unidos. A questão começa assim: "Parabéns! Você está saindo da Terra para sempre! Você foi selecionado como parte de uma colônia de mineração de cem pessoas localizada em Marte. Antes de ir para lá, você precisa descobrir como alimentar você mesmo e seus colegas quando estiver lá".

Allen e Joyner instigam os alunos a identificar os desafios potenciais de produzir lavouras e desenvolver critérios para escolher os tipos de plantas. E, depois, os estudantes usam um sistema de pontuação para selecionar os melhores três alimentos para plantar. A atividade foi pensada para os primeiros anos dos cursos de astronomia, nutrição, agronomia ou outra disciplina com foco em sustentabilidade.

Um dos desafios que os cientistas enfrentam é saber como realmente é o solo marciano para explicar aos alunos. Amostras recolhidas nas expedições revelaram que existe carbono, um elemento central para a vida da forma como conhecemos, e nitrogênio, que é necessário para a formação de proteínas. A água, encontrada recentemente, também provavelmente reage com peróxidos no solo, soltando bolhas de gás.

Como verdadeiros astronautas, os estudantes têm a limitação do que podem levar, portanto, não terão muitas ferramentas para usar na agricultura. Ao mesmo tempo, os futuros marcianos precisam lidar com o desafio mental de se ter muito pouca comida. "Eu seria capaz de comer a mesma comida pelo resto da minha vida se fosse obrigado a isso?", pergunta Joyner.

Em cerca de 30 exercícios com alunos e professores, "ninguém nunca deu a mesma resposta", disse Allen, que também é diretor do planetário da universidade.

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