22 de jan. de 2016

Ciência Viva celebra 20 anos, a pensar nos próximos 20

Nasceu em 1996 para levar a experimentação às escolas. Hoje é uma referência internacional



(DN - Portugal) Hoje uma referência internacional na divulgação científica, o programa Ciência Viva nasceu em 1996 com um objetivo concreto e imediato: levar a prática da experimentação científica às escolas, onde ela, na altura, quase não existia.

A ideia foi do então ministro da Ciência Mariano Gago (falecido no ano passado), e a fórmula simples e original encontrada - através de projetos de investigação, envolvendo alunos e professores, e a colaboração de cientistas e centros de investigação - revelou-se um sucesso. Este ano o Ciência Viva faz 20 anos e, ao longo dos próximos meses, e por todo o país, tem um programa de celebrações cheio de novidades.

Logo em 1996, a adesão das escolas ao Ciência Viva foi imediata e, ao longo dos anos, não parou de aumentar. O programa cresceu rapidamente, diversificou as suas ações, chegou às famílias, propôs atividades de verão, criou estágios em unidades de investigação para os alunos do secundário durante as férias e expandiu-se numa rede de centros por todo o país. E com tudo isso influenciou milhares de jovens a seguir estudos nas áreas das ciências e tecnologias, promoveu um maior sentido crítico nos mais novos e gerou uma maior abertura à ciência na sociedade portuguesa.

Foram 20 anos cheios que vão agora ser celebrados com muita ciência e uma boa mão-cheia de novidades. Entre elas, como explica Rosalia Vargas, a presidente do Ciência Viva, estão a criação de "um arquivo com documentação e fontes de investigação histórica", um livro e uma exposição digital que, em conjunto, vão contar esta "viagem de duas décadas de ciência através da divulgação, da experiência e do debate".

O futuro, no entanto, é o horizonte e por isso vai haver novas iniciativas e linhas de trabalho. Desde logo na vertente da escola, com o concurso Integra com Ciência, que "será um convite à apresentação de projetos que mobilizem escolas e centros de ciência, em articulação com instituições científicas e IPSSs, para promover a integração de populações de migrantes e refugiados", adianta Rosalia Vargas.

Ainda nas escolas, professores e alunos vão poder apresentar projetos também que permitam promover a consciência para novas práticas de uso mais sustentável dos recursos do planeta.

Entre outras iniciativas, haverá ainda novidades nas ações de verão, com a realização de festivais de ciência ao longo do litoral, o lançamento de um cartão que dará acesso aos centros Ciência Viva de todo o país, encontros para partilha de experiências com jovens que participaram em atividades do programa nestes 20 anos ou ainda a reflexão acerca do futuro da divulgação científica. No Pavilhão do Conhecimento vai estar, em novembro, uma experiência interativa para os visitantes "experimentarem" o futuro, tal como ele poderá ser daqui a 20 anos.

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