Desafio das agências espaciais é evitar problemas de saúde na mulher causados pela permanência prolongada no espaço sideral.
(Blasting News) Estudos preliminares promovidos pela Agência espacial Norte-americana NASA e pelo Instituto Nacional de Pesquisa Biomédica Espacial (NSBRI) indicam que as mulheres são mais suscetíveis aos efeitos da radiação em viagens espaciais.
Os cientistas buscam soluções para este e outros problemas de saúde provocados pela falta de gravidade e pela radiação solar. A criação de gravidade artificial nas espaçonaves e casulos para a proteção dos astronautas durante as longas viagens são algumas delas.
Mas no início da corrida espacial estes fatores eram desconhecidos. A primeira mulher a realizar um voo solo pelo espaço foi a russa Valentina Vladimirovna Tereshkova. A cosmonauta marcou época em junho de 1963, ano em que passeou por quase três dias em órbita da Terra. Era época de Guerra Fria. Com a missão, a “Gagarin de Saias”, como foi chamada, superava o tempo de voo espacial dos três astronautas americanos juntos. Recebeu até estátua.
E não foi nada fácil. Valentina relata que a sua viagem foi repleta de problemas. Desde as náuseas e vômitos que, segundo ela provocadas pela comida de bordo, até as dificuldades com o seu pouso em terra firme. A nave Volstok VI a ejetou quando entrou na atmosfera terrestre. Ela deveria acionar o paraquedas, e o fez - só que, devido às condições do pouso, ela estava caindo em um lago. Sem forças provocadas pelos problemas de saúde durante a viagem, Valentina temia a morte, pois sabia que não conseguiria nadar até a margem caso caísse em ambiente aquático.
Foi quando um vento salvador empurrou o paraquedas para longe das águas.
Valentina caiu em terra firme e machucou o nariz. Teve que gastar muita maquiagem para esconder as marcas temporárias de uma queda. Mas ganhou fama, estátua e condecorações russas até a sua retirada do programa espacial. Hoje é deputada pelo Partido Rússia Unida.
A missão da cosmonauta soviética despertou outra disputa nas mulheres dos EUA. E a primeira norte-americana a subir ao espaço foi Sally Ride, em 1983. Já haviam se passado vinte anos do feito de Valentina. A bordo da nave espacial Challenger, Sally foi responsável por experimentos farmacêuticos.
Problemas de saúde
A missão de Valentina serviu como propaganda para os soviéticos. Mas a questão da mulher no espaço sideral continua a despertar atenção especial dos cientistas.
Segundo pesquisa da NASA, mulheres no espaço podem contrair infecções urinárias com mais facilidade. Para solucionar este problema a Agência indica medicamentos antibióticos. Mas este não é o único obstáculo a ser vencido nas viagens espaciais femininas.
Descobriu-se ainda que a mulher tem reações mais rápidas que os homens quando estão no espaço, mas a precisão de suas reações é menor. As astronautas também perdem muito plasma sanguíneo. Outros distúrbios estão relacionados à depressão e problemas emocionais.
As pesquisas ainda não são conclusivas. A NASA prepara a missão Orion que enviará quatro mulheres à Lua e aos asteroides próximos, juntamente com quatro homens.
Para as longas viagens espaciais, os problemas podem ser solucionados com ideias sugeridas por seriados de TV como "Perdidos no Espaço": A hibernação de seres humanos durante a viagem.
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