A ciência que estuda os astros, corpos celestes e o universo gera muitas dúvidas, mas tem uma galera em Bauru que está pronta para explicar tudo sobre os fenômenos do céu
(Social Bauru) Alguma vez você já viu os anéis de Saturno ou as crateras da Lua? Se você ainda não teve essa experiência, mas tem muita curiosidade de saber mais sobre a ciência que estuda os corpos celestes e os fenômenos da atmosfera, saiba que existe um lugar em Bauru que oferece essa oportunidade para a população. O melhor de tudo? É gratuito.
O campus da Unesp em Bauru tem um Observatório Didático de Astronomia “Lionel José Andriatto” que promove eventos abertos à população com o intuito de divulgar a astronomia, já que o assunto ainda gera muitas dúvidas.
“O papel principal do Observatório é justamente ajudar as pessoas a compreenderem corretamente o que é a astronomia. O que o universo é, o que tem no espaço e o que acontece no céu de diferente. Às vezes aparece um brilho no céu e as pessoas ficam com medo porque elas não sabem o que é”, esclarece o coordenador do Observatório, Rodolfo Langhi.
Como surgiu o Observatório
O Observatório surgiu como um projeto de extensão, ou seja, é a ação da Universidade junto à comunidade que possibilita o compartilhamento do conhecimento adquirido com o público externo, por meio do ensino e da pesquisa desenvolvidos na instituição.
O Observatório da Unesp em Bauru foi elaborado pela professora Rosa Scalvi, que trabalha no Departamento de Física da Universidade. A proposta, inicialmente, era de divulgar a Astronomia com uma oficina de construção de lunetas. Para isso, a professora teve a ajuda de um senhor chamado Lionel José Andriatto, que leva o nome do Observatório.
O Seu Lionel constrói telescópios há mais de 30 anos, e toda essa experiência foi revertida em instrumentos para o próprio Observatório. “Os telescópios do Observatório são todos construídos assim, artesanalmente. Inclusive, as lentes e os espelhos também são. Apenas um telescópio foi comprado, o restante foi construído pelo Lionel com a ajuda dos alunos da Unesp”, explica Rodolfo.
Além da característica como projeto de extensão, o Observatório tem pesquisas na área de ensino e divulgação ligadas à pós-graduação de educação para a ciência, no sentido de entender como se faz o ensino dessa ciência.
Segundo o coordenador do Observatório, as pesquisas desenvolvidas são na área de formação de professores em relação à Astronomia: “as pesquisas são na área de divulgação de ciências, pouco trabalhadas aqui no Brasil, além de pesquisas sobre o ensino em si e educação em Astronomia, também pouco trabalhada no Brasil. Só existe um periódico sobre isso, que é a Revista Latino-americana de Educação em Astronomia e o evento principal dessa área é o Simpósio Nacional de Educação em Astronomia (SNEA). Então o Observatório e os nossos alunos trabalham desenvolvendo pesquisas nessa área e apresentam nos congressos e alguns artigos são publicados nesses periódicos”.
Por trás do projeto
Além dos professores que coordenam o Observatório, as atividades oferecidas por lá são organizadas pelos alunos da Unesp. Como a Astronomia é uma disciplina que se liga bastante às outas, alunos de diferentes cursos se juntam para manter o projeto vivo.
Além dos alunos de física, outros estudantes como os de biologia, de jornalismo, de design, relações públicas e da engenharia já participaram ou participam do Observatório. Quem também atua no local são os alunos dos de mecânica, informática e eletrônica do Colégio Técnico Industrial (CTI).
“Uma aluna de design desenvolveu um teatro de sombras sobre as mitologias indígena brasileira das constelações. Já uma outra aluna de jornalismo ajuda o Observatório na parte de divulgação científica. Os alunos de física atuam como monitores, atendendo o público, montando os telescópios e indo às escolas e aos eventos, explicando e tirando dúvidas sobre a Astronomia. Todo mundo trabalha junto”, conta o coordenador do Observatório.
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