5 de jun. de 2018

Agência Espacial Brasileira se preocupa com impactos gerados por detritos no espaço


(AEB) A recente queda da estação espacial chinesa Tiangong-1 trouxe consigo renovados temores dos perigos representados pela grande quantidade de lixo espacial que cobre a órbita da Terra. Com 12 satélites ativos, o que corresponde a 0,95% do total de objetos lançados pelos Estados Unidos, o Brasil não é um grande produtor de detritos no espaço. Ainda assim, segundo o tecnologista da Agência Espacial Brasileira (AEB) Ademir Xavier, o país goza do status de “Estado lançador”, o que gera à AEB a responsabilidade de registrar objetos espaciais brasileiros para que seja possível contabilizar possíveis impactos ambientais.

Há pouco mais de dois anos, a AEB intermediou uma parceria inédita entre o Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) e a Agência Espacial Russa (Roscosmos) para a instalação de um telescópio russo dedicado ao rastreamento e monitoramento de lixo espacial. Essa parceria reforçou a preocupação do país com o tema e deu maior visibilidade aos esforços empreendidos na promoção de ações que conscientizassem entes públicos e privados, além da própria comunidade científica, sobre a emergência do uso sustentável do espaço.

Xavier lembra que a quantidade de detritos tende a aumentar por conta dos fragmentos gerados a partir de colisões entre artefatos sem função no espaço e do aumento do número de lançamentos previstos pelo mercado espacial. De fato, relatório recente da Satellite Applications Catapult, empresa especializada em tecnologia e inovação, pontua que aproximadamente 1.300 pequenos satélites (com peso inferior a 500kg) devam ser lançados no período 2017-2020. Para se ter uma dimensão desses números, são quase 16,5% do total de lançamentos nos últimos 60 anos.

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