5 de jun. de 2018

Uma viagem ao Cruzeiro do Sul, uma constelação com muitas histórias.



(Nelson Alberto Soares Travnik) Até agora os historiadores não chegaram a um acordo de quem a viu pela primeira vez. Sabe-se que era vista pelos habitantes do Alto Egito (Tebas) há milênios. As principais estrelas estão catalogadas no Almagesto de Claudio Ptolomeu (85 -165 a.C.) na constelação do Centauro. Muitos navegadores a viram mas não a batizaram como Cruzeiro. É o caso dos navegadores portugueses João de Lisboa e Pero Anes que em 1506 fizeram observações do Cruzeiro em Cochim, na latitude de 10 graus. A designação tornou-se universal pelo astrônomo Johannes Bayer (1572-1625) em sua célebre obra Uranometria, atlas celeste publicado em 1603 e autor do primeiro mapa das novas constelações situadas ao redor do pólo sul celeste. Mais tarde em 1679, viu-se classificada como tal pelo astrônomo Agostinho Royer. Para alguns, foi o famoso Mestre João, astrônomo e médico da comitiva de Pedro Álvares Cabral que a viu e registrou pela primeira vez em carta enviada ao rei de Portugal Dom Manuel em 1500.

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