26 de out. de 2012

De volta para...o futuro?

"Diversos filmes, seriados e livros já fizeram uso desse conceito de viagem no tempo de forma que (...) parece uma ideia absurdamente possível."

(Victor Alves Alencar) Muitas vezes nos pegamos pensando “Por que eu não fiz isso naquela hora?” ou “Se eu pudesse ter evitado aquilo, hoje seria diferente”. Esses pensamentos só existem se pudermos considerar que podemos transitar entre tempos diferentes ou como são popularmente chamadas (apesar de não ser nada popular) de “viagens no tempo”. Essas viagens são consideradas impossíveis, mas até que ponto elas são realmente impossíveis?

Diversos filmes, seriados e livros já fizeram uso desse conceito de viagem no tempo de forma que, apesar de inviável, parece uma ideia absurdamente possível. Bem, já que queremos passear pelo passado, presente e futuro, vamos primeiro aprender a como alterar a contagem do tempo.

Impossível. Essa deve ser a primeira palavra que deve surgir quando cogitamos alterar a contagem do tempo. Afinal, o tempo é uma constante, certo? Errado! Apesar de que toda a nossa base de organização seja baseada no tempo, ele não é uma constante. Ele pode variar sim.

Então você pergunta: Como o tempo varia se eu tenho 30 anos e nunca vi um dia com 27 horas ou um Carnaval que durasse duas semanas (infelizmente)? Calma. Eu disse que o tempo não é uma constante, mas não disse que ele é instável a ponto de mudar radicalmente as nossas formas da sua contagem. Para nós, habitantes do planeta Terra, o tempo praticamente não se altera, pois a velocidade em que vivemos é quase nula se comparada à maior velocidade atingível no Universo.

Uma pessoa que conseguiu explicar como o Universo funciona nesse aspecto foi Einstein, com a chamada Teoria da Relatividade Especial. Essa teoria foi um desfecho das ideias já lançadas pelos cientistas Henri Poincaré e Hendrik Lorentz. Basicamente, essa teoria explica que se eu e você vivemos na mesma velocidade, a nossa percepção de tempo é a mesma. Mas se, por exemplo, eu ficasse na Terra e você fizesse uma viagem interestelar com velocidade próxima à da luz (a luz viaja a uma velocidade cerca de 300.000 km/s), depois de um certo tempo, quando nos encontrássemos novamente, eu estaria mais velho do que você. Isso acontece porque quanto maior a velocidade, mais lentamente o tempo passa.

Por mais estranho que possa parecer, isso de fato acontece. E agora a pergunta que deve ter surgido na sua cabeça é: “Como posso ter certeza que isso realmente acontece se nenhum ser humano já viajou a velocidades tão grandes?” Acontece que existem centenas de experimentos para comprovar e existem até aplicações práticas dessa teoria nas nossas vidas e a grande parte da população não faz a menor ideia.

O GPS, por exemplo. A sigla vem do inglês e significa “satélite de posicionamento global”. Dentre outras aplicações, ele serve para que você não se perca no trânsito. Pois bem, esse aparelhinho capta o sinal de alguns satélites dos vários que orbitam a Terra e consegue indicar com precisão a sua posição. O problema é que a velocidade orbital de um desses satélites chega a ser de 24.700 km/h, enquanto a sua velocidade não passa de 80 km/h (levando em conta que você está dirigindo na cidade e está prestes a ser multado por excesso de velocidade). Dessa forma, para o satélite, o tempo passa mais devagar do que para você, o que significa que a informações que ele envia para você esteja “errada” por causa dessa diferença de tempo. Esse é o motivo pelo qual os cientistas fazem correções nos aparelhos de GPS de acordo com as equações da teoria. Isso para que seja possível utilizar os equipamentos sem problemas de relatividade temporal.

Vimos então que, para que o tempo passe mais devagar para uma pessoa do que para outra, é necessário viajar a velocidades próximas à velocidade da luz. Mas isso é possível? Depende da massa do objeto em questão. Por exemplo: os cientistas conseguiram acelerar particulas de um átomo a velocidades cerca de 99,99% da velocidade da luz. Mas para que isso fosse possível, foi necessário um gasto de energia altíssimo. Para fazer o mesmo com um humano, teríamos de ter uma energia tão grande, que torna o processo impossível.

Assim, as chances de viajar no tempo em um carro adaptado de um cientista maluco são nulas, mas nada como a nossa boa imaginação para nos levar para os diferentes tempos e confins do Cosmos.

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