27 de mar. de 2013
Como as supernovas quebraram a Europa
(Super) O euro acabou. Há quase 100 anos.
No final do século 19, a Europa vivia sob uma moeda única. O emissor dessa moeda, porém, não era o Banco Central Europeu, mas as estrelas. O trabalho das estrelas é basicamente um só: espremer prótons uns contra os outros. As partículas acabam tão apertadas que algumas se fundem. E da união dessas partículas subatômicas nascem novos elementos químicos. Se tiver dois prótons, esse novo elemento é o hélio; com oito, oxigênio; com 26, ferro. Com 79, ouro – a moeda da qual estou falando. O ouro era o euro do século 19.
Bom, todo ouro que existe na Terra foi formado no interior de alguma estrela. E o resto também. Quando a vida de algumas delas chegou ao fim, essas estrelas explodiram, lançando átomos novos pelo espaço. Esse átomos provavelmente passaram alguns bilhões de anos flutuando pelo espaço na forma de nuvens gás e poeira, e acabaram se reunindo neste canto da galáxia, atraídos pelo grande evento gravitacional que foi o nascimento do Sol.
Ao fixar residência nos arredores da estrela que hoje paira sobre as nossas cabeças, esses átomos siderais se reuniram na forma de pedras corpulentas. Hoje você mora em cima de uma delas, a Terra.
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