(Correio do Minho) Um grupo de 21 alunos do Clube de Astronomia da Escola Secundária D. Maria II está a participar no projecto ‘Em Busca de Planetas para Além do Sistema Solar’. Ao longo de oito semanas, os estudantes, supervisionados por professores devidamente treinados, vão utilizar remotamente os telescópios da rede Monet para obter observações com vista à procura de planetas em sistemas binários de estrelas.
O trabalho consiste em processar e calibrar as imagens obtidas em telescópios internacionais utilizando ferramentas matemáticas apropriadas, implementadas formativamente, preparando-as para a determinação de curvas de luz. De seguida os alunos serão treinados a medir essas curvas, implementadas informaticamente, e determinar os instantes temporais de ocorrência de eclipses.
Em conjunto vão ainda executar outras tarefas, de maior complexidade, onde se pretende detectar velocidades radiais, através de espectros de estrelas, no sentido de se obterem os trânsitos e fazer-se a modelação matemática dos sistemas.Posteriormente pretende-se partilhar os resultados obtidos com as restantes equipas do projeto "Planet Finders".
Para além da componente mais prática da actividade, os estudantes vão poder ainda compreender o contexto astrofísico da pesquisa de planetas para além do sistema solar, aplicar leis da física em contexto real experimental.
O projecto resulta de um protocolo entre o Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP) e o Agrupamento de Escolas D. Maria II, no âmbito do projecto ‘Escolher Astronomia’, financiado pela Agência Ciência Viva.
Os estudantes bracarenses são acompanhados, na própria escola, pela doutoranda Paola Quitral, para além da orientação de astrónomos profissionais, nomeadamente o coordenador do projecto Daniel Folha, da CA UP, que acompanham a implementação prática da actividade trabalhando directamente com professores e estudantes.
O projecto é coordenado no agrupamento pelos docentes João Vieira (coordenador do Clube de Astronomia) e ainda pelos professores Carlos Lima e Carlos Miranda, docentes de Física e Química do agrupamento. João Vieira destaca a importância do projecto para a dinâmica científica da escola e o impacto que pode ter nos conhecimentos dos alunos.
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