Evento “Ciência Aberta” celebra os 20 anos da primeira volta de elétrons no acelerador do LNLS
O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) comemorará os 20 anos da primeira volta de elétrons em sua fonte de luz síncrotron com o evento “Ciência Aberta”. A celebração acontecerá no campus do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas – SP, no sábado, 21 de maio, das 10 às 16 horas. O evento, gratuito e aberto ao público, contará com visitas guiadas às instalações do LNLS, espaço dedicado à manipulação de microscópios, praça de alimentação com food trucks, palestras informais no formato “Chopp com Ciência”, brinquedos para recreação infantil, além da presença do Caminhão Oficina Desafio, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
“O LNLS está abrindo as suas portas para que as pessoas possam conhecer a nossa infraestrutura, entendam o tipo de pesquisa que é feita aqui e a importância desses estudos para a busca de soluções de problemas da sociedade. Esta iniciativa é importante para aproximar a população dos cientistas, engenheiros e técnicos do nosso laboratório. Queremos também apresentar o projeto Sirius e compartilhar com a população o conhecimento sobre esta grande iniciativa da ciência brasileira”, afirma o Diretor do LNLS, Antônio José Roque.
PROGRAMAÇÃO PARA TODAS AS IDADES
No evento “Ciência Aberta”, o público poderá conhecer o funcionamento e as utilidades das fontes de luz síncrotron, visitando as instalações do LNLS. Haverá duas opções de roteiro, um tour expresso, com 15 minutos de duração, e uma rota estendida, com visitação aos prédios de apoio e de controle. Ao final das visitas, os participantes poderão observar, em microscópios, materiais do cotidiano, como cristais de açúcar, sal, areia, insetos, fios de cabelo, ovos de peixe, micro-organismos presentes na água, dentre outros.
Os participantes também terão a chance de conhecer um pouco mais sobre o Projeto Sirius, a nova fonte de luz síncrotron brasileira, projetada pelo LNLS. O Diretor do LNLS, José Roque, falará sobre o projeto na sessão “Chopp com ciência”.
Com mais de 500 m de circunferência, o Sirius será a maior e mais complexa infraestrutura científica já construída no País. A nova fonte de luz abrirá novas perspectivas de pesquisa em áreas como ciência dos materiais, nanotecnologia, biotecnologia, física, ciências ambientais e muitas outras. A construção do projeto, no campus do CNPEM, segue de acordo com do cronograma inicial, com cerca de 20% das obras já concluídas. Em dois anos, deve ocorrer a primeira volta de elétrons no Sirius. A abertura da fonte de luz acontecerá um ano depois, em 2019.
LUZ SÍNCROTRON
A fonte de luz síncrotron do LNLS pode ser comparada à um grande microscópio, dedicado à análise de diferentes materiais, como metais e células humanas. Este é o único acelerador de elétrons da América Latina, um equipamento de alta tecnologia aberto à comunidade científica do Brasil e do exterior. A fonte de luz foi construída entre 1987 e 1997, com peças produzidas pela equipe do LNLS. Há 20 anos, os elétrons deram a primeira volta neste acelerador, gerando o primeiro feixe de luz síncrotron. Esse tipo de luz apresenta diferentes comprimentos de onda, de infravermelho a raios-X, e é utilizada para análises nano e microscópicas.
CNPEM
O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) é uma organização social qualificada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Localizado em Campinas-SP, possui quatro laboratórios referências mundiais e abertos à comunidade científica e empresarial. O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) opera a única fonte de luz Síncrotron da América Latina e está, nesse momento, construindo Sirius, o novo acelerador brasileiro, de quarta geração, para análise dos mais diversos tipos de materiais, orgânicos e inorgânicos; o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio) desenvolve pesquisas em áreas de fronteira da Biociência, com foco em biotecnologia e fármacos; o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia de Bioetanol (CTBE) investiga novas tecnologias para a produção de etanol celulósico; e o Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) realiza pesquisas com materiais avançados, com grande potencial econômico para o país. Os quatro Laboratórios têm, ainda, projetos próprios de pesquisa e participam da agenda transversal de investigação coordenada pelo CNPEM, que articula instalações e competências científicas em torno de temas estratégicos.
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