29 de ago. de 2017

Astrônomos constatam morte precoce de objeto celeste na Via Láctea


(Jornal da USP) Com observações ao longo de oito anos, entre 2005 e 2013, astrônomos puderam analisar e descrever um sistema binário que pode ser considerado raro em nossa Via Láctea. No sistema, que é composto de uma anã branca de baixa massa e uma anã marrom, os cientistas mostraram como ocorreu a morte de uma delas, a anã branca. “Até então se conhecia apenas algumas dezenas de sistemas semelhantes a este”, assegura o astrofísico Leonardo Almeida, pós-doutor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP. “No entanto, este sistema se destaca por ser de baixíssima massa”, argumenta. As observações foram realizadas no Observatório do Pico dos Dias, em Brazópolis, Minas Gerais, e um artigo sobre o tema acaba de ser aceito para publicação na revista Monthly Notice of the Royal Astronomical Society.

De acordo com o cientista, a morte de um dos objetos celestes resultou de um “abraço” entre ambos. “Foi quando a anã branca teve sua morte provocada pela anã marrom. Podemos considerar que foi, na verdade, um abraço fatal”, descreve Almeida. O objeto ‘assassino’, a anã marrom, é na verdade um objeto subestelar ou ‘estrela frustrada’, já que não produz luz própria por não chegar a queimar hidrogênio no seu núcleo”, descreve o cientista.

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