(Portal Correio) Duas novas exposições estão em cartaz na Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, no Altiplano, em João Pessoa. As exposições são “No Sol do Céu do Sertão”, de autoria dos fotógrafos Manuel Dantas Vilar, Frederico Guedes Pereira e Francisco Mendes e “O Homem e o universo – 50 anos de vida dedicada à astronomia”. A entrada é aberta ao público de todas as idades, com visitação de terça a sexta-feira de 9h até 18h. Aos sábados, domingos e feriados, o horário é das 10h até 19h.
No Sol do Céu do Sertão
Na exposição “No Sol do Céu do Sertão”, o visitante vai encontrar 50 fotografias coloridas em preto e branco de 30 x 45 centímetros e seis de 1 metro por 85 centímetros, impressas em fine art, uma técnica de impressão de obra de arte em papel algodão feita a partir de um arquivo digital, impressas em impressora a jato de tinta que dá no expectador uma sensação de realismo e beleza à cena fotografada.
“O papel utilizado é de PH neutro. Isso confere ao material impresso propriedades museológicas que podem ficar expostas por muito mais tempo do que as impressões convencionais”, explicou o fotografo e videomarker, Francisco Mendes.
A ideia da exposição surgiu de um convite feito no dia 3 de maio, quando é comemorado, respectivamente, o Dia Nacional do Sertanejo e o Dia Mundial do Sol, uma iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Foi solicitado aos fotógrafos que reunissem, em imagens, o que representava o sertão e o cariri.
A intenção nestas fotografias, segundo Dantas Vilar, foi sair da visão simplista com que é divulgado o sertão e o cariri, ou seja, o solo rachado, as caveiras de boi, o retirante, a fome e a miséria. “Mas, mostrar o sertão que sempre enxergamos mesmo nos períodos de grande seca e estiagem”, comentou Dantas.
O Sertão do Cariri pode ser visto em belíssimas fotos do pôr do sol, da nascente da lua, da natureza e dos animais capturada pelas lentes de Dantas Vilar. Na expressão antropológica e forte do cotidiano do homem vaqueiro, os velhos e crianças nas janelas, e sua eterna espera que algo aconteça, na arquitetura das habitações registradas por Frederico Pereira e na beleza plástica e técnica da profundidade do céu, quase mar, do gado sendo recolhido do pasto, a vegetação e as serras que entrecortam o sertão do cariri paraibano congeladas pelas teleobjetivas de Francisco Mendes.
O Homem e o universo
A exposição “O Homem e o universo – 50 anos de vida dedicada à astronomia” foi idealizada pela Associação Paraibana de Astronomia (APA) em parceira com a Estação Cabo Branco para homenagear o professor de astronomia, Marcos Jerônimo, também servidor da casa, que há 50 anos dedica sua vida à pesquisa, estudo e observação dos astros e planetas.
A exposição é composta de fotos, reportagens, instrumentos de observação astronômica, objetos de pesquisa e pessoais do professor Marcos Jerônimo, que é natural de João Pessoa (PB) e que se interessa pela astronomia desde 14 anos de idade. O presidente da APA, Marcelo Zurita, comentou que a homenagem é mais que justa a uma pessoa que tem muitos serviços prestados à ciência, conhecimento e astronomia.
“Diferentemente de outras profissões, completar 50 anos de contemplação do céu é muito gratificante visto que, sempre se tem novidades para se observar e contribuir com registros de dados científicos, além de partilhar esses conhecimentos com colegas e novos adeptos da ciência astronômica”, comentou o professor Marcos Jerônimo, que disse estar lisonjeado com a homenagem, pois assim o faz refletir sobre o caminho que percorreu e as contribuições que ainda poderá dar na área.
Até 20 de janeiro
As exposições permanecem abertas para visitação pública no hall do prédio administrativo até o dia 20 de janeiro de 2019.
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