22 de jun. de 2017

Com participação de brasileiros, missão espacial da ESA busca novas Terras



(IAG/USP) A Agência Espacial Europeia (ESA) selecionou nesta segunda-feira (19) a missão PLATO para iniciar seu desenvolvimento. PLATO é um acrônimo em inglês para Trânsito Planetário e Oscilação de Estrelas, e a missão tem o objetivo de procurar exoplanetas.

“PLATO buscará por exoplanetas pelo método dos trânsitos, mas o fará com muito mais precisão que os experimentos anteriores desse tipo, como MOST, CoRoT e KEPLER”, explicou Eduardo Janot Pacheco, astrônomo da Universidade de São Paulo e coordenador do programa no Brasil. Serão monitoradas milhares de estrelas, procurando pequenas variações regulares de intensidade em seu brilho que seriam causadas pela passagem de planetas em suas órbitas.

Ênfase especial será dada à busca de planetas do tipo terrestre orbitando gêmeas solares em sua zona habitável – isto é, em distâncias da estrela que possibilitem a existência de água líquida na superfície do planeta. A missão também será capaz de detectar atividades sísmicas em algumas dessas estrelas, e determinar suas massas, tamanhos e idades. Essas informações ajudarão a compreender melhor cada sistema planetário.

Diversos centros de pesquisa brasileiros já colaboram com a missão PLATO, com contribuições científicas e de engenharia (software e hardware). “Com isso, teremos acesso aos dados do satélite, num regime de compartilhamento com os outros países que fazem parte do projeto”, afirmou Janot.

A missão havia sido selecionada como candidata pela ESA em 2014 e agora serão dados os primeiros passos da construção do projeto, com o recebimento de propostas de empresas para a produção de cada componente. O desenvolvimento de PLATO será feito pelo Programa Científico da ESA, que o selecionou como seu projeto médio do ciclo “Cosmic Vision 2015–25”, e a previsão de lançamento é 2026.

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