15 de dez. de 2011

Atividade sobre Astronomia encerra VII Semana de Ciência e Tecnologia do Campus João Pessoa










(IFPB) “Astronomia em Foco” foi a temática da última atividade da VII Semana de Ciência e Tecnologia do Campus João Pessoa, e aconteceu ontem, das 16h às 18h30, no auditório José Marques. A atividade teve início com a mesa-redonda “Olhando para a Astronomia”, composta por três expositores, os professores Francisco Nobre, Thomuáz Passamani e Paulo Vanberto, e um mediador o professor José Rodrigues de Medeiros.

Todos os integrantes da mesa fazem parte da Associação Paraibana de Astronomia (APA). E o professor Thomuáz Passamani falou sobre a história da APA, cujo início foi em 1967. Trata-se de uma associação de astrônomos amadores, que na época tinha como objetivo construir observatório astronômico da Paraíba, o que aconteceu em 1969. Mas anos depois foi desativado. Em 1970 a APA organizou o I Encontro Nacional de Astronomia, que foi realizado na Paraíba. Segundo o professor Thomuáz “a APA teve altos e baixos, momentos de grandiosidade e esquecimentos” e durante muito tempo ficou inativa.

Só em 2008, sócios antigos em conjunto com novos integrantes decidiram reiniciar as atividades da associação. Desde então, eles organizaram o IV Encontro Interestadual de Astronomia do Nordeste, estabeleceram parceria com o IFPB, através do Professor Francisco Nobre, membro ativo da APA e começaram outra parceria com a Estação Cabo Branco, com o projeto “Venha Ver a Lua”. Em 2009 foi firmado o acordo de cooperação técnico-científica com o IFPB para desenvolver projetos na área. O professor Thomuáz concluiu falando sobre o anseio da APA para o instituto. “Nós temos o profundo desejo de enraizar a Astronomia no IFPB”.

Já o professor do IFPB, Francisco Nobre, falou sobre o Núcleo de Ensino e Pesquisa em Astronomia (NEPA) do IFPB. O núcleo tem como objetivo “divulgar, trabalhar e construir o conhecimento de Astronomia dentro do instituto” afirmou o professor. No IFPB o NEPA já divulgou suas atividades em eventos no campus João Pessoa e em outros campi, como na Semana de Ciência e Tecnologia de Picuí. Segundo o professor Francisco Nobre essas participações fazem parte “dos passos que damos na busca pela construção do conhecimento em Astronomia no IFPB”.

Outra atividade desenvolvida pelo núcleo é a divulgação da Astronomia toda quinta-feira, no anfiteatro, quando são exibidos vídeos para os alunos. Além disso, foram realizados três minicursos, um sobre Astronomia básica, outro sobre construção de telescópio e o último sobre Astronomia em geral. O professor Francisco Nobre finalizou convidando os alunos presentes para participarem do NEPA. “Queremos avançar muito mais e contamos agora com o apoio de vocês, alunos”. E lembrou que a partir do próximo semestre o laboratório de Física estará funcionando plenamente.

O último expositor, o professor Paulo Vanberto Patrício de Aquino, falou sobre os telescópios, “os instrumentos para observação do céu”. Ele apontou que a atividade astronômica é tida como uma das primeiras atividades do homem, que desde tempos remotos observava o céu. “O homem procurou entender o funcionamento do céu, e decifrar como e quando aconteciam as chuvas, as estações”. O professor Paulo disse que o primeiro instrumento de observação foi uma vara (haste) espetada no chão. E através do ângulo que a sombra da haste projetava se sabia quando as estações chegariam. Esse instrumento se chamava Gnomo e era utilizado pelos gregos para fazer medições.

“O grego Eratóstenes é considerado um dos primeiros astrônomos e foi o primeiro que calculou a distância entre a Terra e o Sol, de forma precisa, levando-se em conta a imprecisão dos instrumentos da época. Isso há mais de 200 anos a.C.”, contou o professor Paulo. Em 1609 Galileu Galilei teve a idéia de utilizar um instrumento óptico. “E foi Galileu que observou que o Sol era o centro do sistema e não a Terra, como se pensava. Os planetas giravam em torno do Sol e não do nosso planeta”.

Indagado sobre qual o tipo de telescópio pode ver melhor, se o mais longo ou o mais largo, o professor Paulo disse que é a quantidade de luz que entra no telescópio que determina quão mais longe se pode ver no universo. O professor Paulo mostrou o telescópio adquirido pelo IFPB, que segundo o ele é de última geração, e só existem quatro desse tipo na Paraíba. “Já apresentamos esse telescópio à comunidade acadêmica do IFPB nos campi de Cajazeiras, Picuí e Sousa”.

Após a mesa-redonda os alunos e professores do IFPB participaram da atividade “Observando o Céu”, realizada às 18h, que foi uma observação comparada com os dois telescópios para identificar as diferenças entre os dois instrumento. Segundo os integrantes da APA essa foi a observação que teve o maior público.

Um comentário:

  1. AS MELHORES ÁREAS DE OBSERVAÇÃO ESTÃO NAS ZONAS RURAIS DOS MUNICIPIOS DAS REGIÕES MENOS POVOADAS COM ALTITUDE BOA; LEMBRO QUE NUNCA VI UM CÉU TÃO BOM PRA OBSERVAÇÃO QUANTO O DA ZONA RURAL DE TAPEROÁ..ALIAS, BASTA PASSAR DA PONTE APÓS A SEDE MUNICIPAL E O CÉU JÁ SUPERA EM CHEIO O DE CIDADES COMO JAMPA ONDE O LARANJA DO VAPOR DE SÓDIO DESTROI MUITO DA BELEZA DO CÉU, MAS HÁ OUTRAS ÁREAS TAMBEM..MESMO EM PARTES DO CONDE O CLARÃO DE JAMPA AINDA ATRAPALHA..

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